00:00 – As horas parecem escorrer. Quando dou por mim, lá vai o dia pelo ralo.
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01:00 Há ansiedades que se materializam em unhas roídas, cutículas arrancadas, beiços mastigados.
As minhas se manifestam em leituras diversas, de mais de cinco livros de vez, em doses aleatórias de 10 minutos cada, uma vez por dia, antes de dormir. Leio tudo, não sorvo nada.
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10:00 – É certeiro: Geração Z quando faz burburinho sobre qualquer música dos 80/90 que está no limbo do ostracismo, é sinal que deve estar na trilha de alguma série ou filme atual.
De pronto, lembro de duas: Running Up That Hill (A Deal With God) – Kate Bush (Stranger Things) e Goo Goo Muck – The Cramps (Wandinha).
Nas últimas semanas, uma molecada de vinte poucos compartilhou em massa Never Let Me Down Again, do Depeche Mode, como se fosse o último lançamento.
Descobri: tá lá no finalzão do primeiro episódio de The Last Of Us.
Nunca falha.
A crítica? Nenhuma. O que pauta a juventude é a indústria cultural mesmo.
O ruim é que, infelizmente, essa é a realidade para uma banda ou artista fazer sucesso nos dias que seguem: ser o ingrediente de um enlatado audiovisual ou ser trilha de um meme dançante incrível.
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Quero só ver quando a juventude descobrir essa música e esse clip.
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13:00 – Carnavais de quem sigo passaram pela timeline em instantâneos digitais coloridos, com pessoas sorrindo por trás de fantasias simples e mínimas. Em seus olhos, o reflexo daquele sentimento de desassossego bom e “palpitamentos” de coração irregular, coisa de quem está indo para um momento que se vive em plenos pulmões pela busca da alegria utópica e que jamais alcançamos por completo nas mãos, mas sim, que é bom para cacete de persegui-la.
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14:23 – Por coincidência, achei este complemento.

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11:30 – “Diane, são 11h30, 24 de fevereiro. Entrando na cidade de Twin Peaks”.
Para quem nunca viu Twin Peaks, este guia de episódios para o iniciante é uma mãozona na roda.
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