11:53 – “Se você amou muito um lugar não faça a besteira de visitá-lo.” Rubem Alves.
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12:44 – Nos últimos 10 anos, vivi tantas situações diferentes, em tantos lugares distintos, que ao final me vejo deslocado, no sentido de não mais fazer parte de nenhum estado ou cidade. Sinto saudades de Salvador, de Camaçari, de uma essência que venho perdendo ao longo do tempo. E é sempre estranho quando volto. Não me sinto mais parte.
E São Paulo também me passa isso quando vou a trabalho. Não encontro e nem reconheço mais ninguém. Rubens Alves tem razão: a gente visita um lugar achando que vai encontrar o tempo, mas este momento não está mais lá. Esse lugar não me pertence mais. Alias, vários lugares.
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13:55 – Acompanhando e me divertindo a cada episódio da segunda temporada de White Lotus. A primeira é mais icônica e saborosa. Mas não significa que essa é ruim.
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Toda essa história de querer escrever contos sci-fi ambientados nos locais onde vivi é um trabalho de verdade. Duro, chato, me achando um merda de escritor. Mas se continuo. É que a gente mede cérebro e vida com grandes nomes. Bobagem pura.
Quem se aventura no processo, na pesquisa, vai descobrindo um mundo de saberes. São tantas informações interessantes, tantos assuntos que jamais iria me adentrar. Principalmente sobre cultura indigena, afro, tudo o que vem de um Brasil profundo que não sabemos quase nada.
O bom dessa jornada (que só Deus sabe se vai dar certo), é que nunca em minha vida me senti tão brasileiro. Algo minimamente bizarro de se dizer.
Uma das coisas interessantes: o site Itaú Cultural Play. Gratuito, ótimas produções, brasilidade pura. Aqui, duas dicas que me auxiliaram na escrita e inspiração: a mostra “Despertar Afrofuturista” e o curta de Cinema Fantástico “Kaapora – o chamado das matas”.
Mas há mais, muito mais. E de graça. É um pecado não prestigiar.

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18:47 – No emprego atual, me guio por estes três tópicos colados na parede para não esquecer. Na verdade, é um resumo de como trabalhar com copys: evitar adjetivos simplórios, evidenciar Característica e Benefício e encontrar o sentimento que leva a adquirir qualquer coisa.

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19:06 – Top Hits da Minha Mente
Gosto demais dessa música do Pixies. Tanto que tenho uma playlist de versões dela feitas por artistas e bandas diferentes. Essa é a releitura do Daniel Davies, a melhor na minha opinião. Está na trilha de um filme ridículo: Sharknado 3.
É repleta de synths cavernosos, destoando totalmente do clima pop e surf da original. Mas acho que a interpretação faz mais jus à letra: um poema estoico sobre aceitar tranquilamente a avalanche de acontecimentos que jamais temos controle. Ou, quem sabe, uma carta de suicidio bem humorada e surrealista…
Adorei seu blog.
Obrigado!