12:40 – É impressionante minha inclinação para um ânimo pesado. Tenho certeza absoluta que sou daquelas pessoas que são como esponjas energéticas e absorvem o que há de bom e ruim em tudo.
Daí caio em um vórtice de pensamentos derrotistas e de me achar fraco e fora do padrão. Mas (sim, sempre existe um MAS glorioso) o bom é que tenho também uma capacidade fabulosa de, enquanto estou caindo no poço da tristeza, vem uma fagulha na mente no meio do caminho: “Que porra tô fazendo aqui?”.
Subo de volta no mesmo instante.
Reafirmo o que sou. Me orgulho do caminho que trilhei, mesmo com a consciência da burrice dos meu erros. Mesmo com minha maturidade emocional frágil. Se metade dos que me cercam não exercem empatia, possuem um coração mesquinho, flertam com o fascismo de modo cínico embalado em nome dos bons costumes, meu amigo, o que me resta a fazer além de combater essas pragas apenas sendo eu, alguém que está muito além destes malditos?
Pau na máquina. Porque “Eu sou eu, Nicuri é o Diabo”!
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15:02 – Acho que descobri o motivo de tanto gostar de São Paulo: li em uma pesquisa científica que caminhar com a mente dispersa gera mais insights e se conecta ais ideias do que ouvir música ou ler um livro. Daí você pode perguntar “mas não pode fazer isso em qualquer outra cidade?”. Eu garanto, acho que não. De todos os lugares que eu morei, apenas em São Paulo é possível andar pela cidade, vendo pessoas, vendo as ruas. São Paulo te dá essa possibilidade de “vaguear”, apesar do caos e violência.