Hoje o dia morreu na cor baunilha. (Minha memória está péssima. Tive que escrever no Google “Tom Cruise Filme Céu” para me lembrar de Vanilla Sky, para assim lembrar de “baunilha”).
Cirros espalhados pelo firmamento (demorei 10 minutos para lembrar da palavra ‘firmamento’). Prelúdio de algo bom que se aproxima? A natureza surge como um Deus ex machina trazendo uma solução “inesperada, improvável e mirabolante” para finalizar um período com tantos desgastes emocionais.
Mas, acho que não. Not today, Satan.
Continuo tentando não ficar tanto tempo em redes sociais. Tão pouco publicar conteúdos nelas. Quero me dedicar por aqui mesmo ou nos lugares que envolvam mais a criação e contemplação. Por lá tenho me sentido medíocre. Todos falam ao mesmo tempo, de modo arrogante. Me remete aos recreios da infância e adolescência na escola. Turmas que se juntam, conversam, se elogiam, riem juntas e eu, ao longe, achando tudo uma grandessíssima bosta.
Melhor ficar em meu canto, fazendo minhas coisinhas estranhas. Uma delas, e que tem me salvado nestes dias, é discotecar e alterar músicas para mim mesmo.
É uma espécie de jam session egocêntrica. Tenho me dedicado ao estudo do Downtempo e suas variações, tal como Trip-Hop, Low-Fi Hip Hop e Lounge. É uma delícia.
“(Aqui estou eu em um momento de horas de diversão com o meu fiel amigo DDJ-SB3, companheiro de quarentena, inserindo camadas de delays desnecessárias em I’m God, de Clams Casino. Nota: antes das lives serem as plataformas ideias para shows e discotecagens, eu já estava lá fazendo experimentos. Pena que não consegui nada com isso, HA HA HA).
A questão é: que tipo de festa ou evento é possível tocar andamentos tão lentos e preguiçosos? Quem pagaria para um “agito calmo?”
Sem problemas. Se não há uma cena, nós criamos uma.
Façamos boa arte. Ou arte ruim mesmo. Mas faça arte.