Peço licença ao mestre Neil Gaimann, já me desculpando pela pretensão.
Para quem está começando ou pretende ler o seu clássico American Gods (que logo estreará no formato série, pela Amazon), fica aqui a minha contribuição sonora ao clima da leitura.
Me meti a fazer uma curadoria com mais de oito horas de músicas soturnas e estranhas, que cabem muito bem como pano de fundo para a jornada de Shadow por um Estados Unidos repleto de deuses esquecidos e caquéticos.
Evitei as canções mencionadas pelo o autor, seguindo uma atmosfera que me pareceu mais adequada: uma road trip solitária, melancólica, sinistra, ao som de muito shoegaze, post-rock, dream pop e coisas etéreas..
Aqui, o neon dos letreiros tem cheiro e sabor. O asfalto é longo, com lugares kitsch no meio da estrada, que levam para mundos distantes.
É isso. Um “gap” de 16 anos separou o lançamento da obra e a minha leitura. Mas tudo vem no momento certo. Não teria o mesmo efeito em 2001.
Você pode ouvir na ordem proposta. Ou deixar a viagem acontecer pelo modo aleatório. O importante é configurar o Spotify para fazer a transição gradual em 10. Aí sim a mágica faz efeito. A mágica está está escondida nas pequenas coisas. E ela não é tão sobrenatural como a gente pensa.
Todo final é um recomeço. E tudo o que nós conhecemos é apenas a superfície.