É isso mesmo. Este é um novo blog. E para que serve um novo blog e, pior (ou melhor), com domínio próprio? Sinceramente, não faço ideia. Desceu aquele espírito/sentimento advindo de algum lugar da maturidade dos anos que bate forte na porta do coração, exigindo com sangue fervente e alma em calor por mudanças severas. E foi então que cedi as exigências deste corpo.
Abandonei a antiga casa com muita dor no coração e toneladas de força do desapego. Cara, foram 14 anos dedicados ao Blogspot, apesar de não exatamente ter atualizações frequentes. Mas, caramba, desde 2001 que me dedicava ao maroto. O negócio, caso fosse uma pessoa de carne e osso, tinha tempo suficiente para entrar nas mudanças da puberdade, começar a usar roupas radicais e chegar em casa tarde com bafo de bebida. Não dava mais, precisava de algo diferente.
Até pensei em comprar domínio por lá mesmo, mas as bases técnicas do WordPress, de fato, são muito mais sólidas e profissionais, apesar do trabalho extra que dá. Colocando em outros termos, somente na casa dos 30 comecei a pensar em entrar na fase adulta dos sites pessoais.
Mas os amigos devem estar se perguntando: o que haverá de novo debaixo do sol? Ok, simples, mais do mesmo. Só que com textos mais profundos. E também o uso mais abrangente de multimídia, algo que sempre senti falta e nunca me dediquei. Continuarei falando dos consumos pessoais de música, artes, livros, quadrinhos e as outras coisas que o mundo produz e que nos faz pensar e ser mais humanos.
Não é nada para romper barreiras, mudar o destino da humanidade ou ficar rico. A era dos Probloggers já foi (acho), e não tenho a menor chance e entusiasmo para ser um Vlogger.
Gosto do toque pessoal neste tipo de nicho, não no sentido “querido diário”, mas como uma conversa sóbria do que se consome, fazendo uma relação com a própria vida, contando uma história. Interesses pessoais e gerais devem fundir-se. Acredito que o conhecimento e a informação se valorizam quando acrescentadas as narrativas da vida comum.
Então é isso. Este lugar não é sobre o meu umbigo, mas sim como o meu umbigo enxerga as coisas que nos cercam. E também é sobre como posso te ajudar (e me ajudar) a nadar na torrente de informações de vivências, sentimentos, comportamentos e tudo o mais que se torna líquido nestes tempos loucos que não cansam de nos causar espanto e um medo do caralho do futuro.