Os três últimos anos foram como se eu estivesse dormindo, passando de um tempo ao outro, de uma realidade a outra. Estive me adaptando.
Observando como seria essa nova possibilidade de vida adulta e, pela primeira vez, inteiramente guiada pelas minhas (más) decisões.
A questão: que ser humano é esse que precisa de tanto tempo para se readaptar?
Ora, eu!

Lento, muito lento desde sempre. Meus processos precisam maturar. Desde a primeira lembrança real foi assim. É como funciono.
O problema é que muitos consumos, leituras e projetos permaneceram em uma suspensão violenta.
Dito isto, retorno para uma vida com mais momentos e conteúdos culturais!
O corpo clama por novas ideias, informações e ócio criativo. Necessito aproveitar o que essa megalópolis oferece. Afinal, não foi por isso que abandonei meus paraísos na Bahia pelo frio, elegante e diversificado asfalto?
Tantos livros para ler, tantas peças teatrais para ver, tantas exposições para se inspirar!
Claro que minha mira está apontada às expressões de arte digital. E neste lugar tão longe do que sou, tenho que sugar o que há de melhor nele.
Está tudo à mão. É só escolher e pegar. Consumir antes que acabem.
